Sai Ana de Hollanda (esq.) e entra Marta Suplicy
O Palácio do Planalto anunciou na tarde desta terça-feira (11) que a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, deixou o cargo e será substituída pela senadora Marta Suplicy (PT-SP). A informação foi dada pela ministra da Comunicação Social, Helena Chagas.
A demissão de Ana de Hollanda foi consumada após audiência da ministra com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. A posse de Marta está marcada para a próxima quinta-feira (13), às 11h.
Segundo informou o blog de Cristiana Lôbo, o vazamento de uma carta enviada em 27 de agosto por Ana de Hollanda para a ministra Miriam Belchior (Planejamento), reivindicando verbas para a Cultura, incomodou o governo e em especial a presidente, o que teria motivado a demissão.
A senadora Marta Suplicy reuniu-se pelo menos duas vezes com Dilma Rousseff no final do mês passado. No dia 22 de agosto, ela esteve às 17h no Palácio do Planalto, segundo agenda oficial da presidente. Já em 30 de agosto, Marta passou a tarde com Dilma no Palácio da Alvorada, encontro que não constou da agenda presidencial.
Nota à imprensa

Marta afirmou a Globo News que ficou surpresa com a indicação, porém reuniu-se algumas vezes com a presidente no mês passado
Em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência a respeito da troca das ministras, a presidente Dilma Rousseff manifestou confiança de que Marta Suplicy, “que vinha dando importante colaboração ao governo no Senado, dará prosseguimento às políticas públicas e aos projetos que estão transformando a área da Cultura nos últimos anos”.
Enriquecimento ilícito
Com a saída de Marta Suplicy, o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR) assumirá a vaga no Senado. Porém, ele é investigado pelo Ministério Público de São Paulo desde agosto pela suspeita de enriquecimento ilícito.
O Ministério Público não informou a causa, mas o vereador disse que foi intimado a explicar o motivo de manter R$ 360 mil em casa, entre dólares e reais, conforme declarou à Justiça Eleitoral.
O futuro senador já teve outros problemas na Justiça. Em 2010, o Superior Tribunal de Justiça acatou recurso contra decisão de segunda instância que o condenou a devolver R$ 32,7 milhões aos cofres públicos em razão de um contrato firmado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) quando ele presidia a companhia, em 1992.
Carlinhos, como é conhecido, declarou neste ano patrimônio de R$ 974 mil – em 2008, o valor foi de R$ 1,5 milhão, sendo R$ 99,5 mil em moeda nacional. Diz que empobreceu por ter transferido parte dos bens para os filhos.